Aparentemente, esta afirmação, amigos leitores, parece um
contra-senso, uma brincadeira, uma provocação. Todavia, tal não é mais do que
uma opinativa constatação da actual situação nacional no que à informação
criminal e de segurança concerne.
É mais perigoso, em 2020, vivermos felizes, em democracia,
em liberdade e em sociedade com estes políticos rascas, do que no passado
desprezível Estado Novo, onde havia de tudo em quantidade, incluindo a
liberdade. O conceito de liberdade é aquele que define a ideia de pensarmos sem
pressão, e isso existia, já naqueles tempos. O excesso de liberdade é perigoso
e destrutivo, porque além de descambar na anarquia e no caos, na generalidade,
influi no modo de vida de cada um, porque o desbrago é incontrolável. A
liberdade de cada um, não implicava com a dos outros (no Tempo da PIDE) mas,
agora a liberdade de cada um implica com a de todos (no tempo da Democracia) e
isto tem de acabar.
Há quase 50 anos, existia essa figura tremenda e aterradora,
para os políticos, agora congregados nos amigos do charro e da vermelhinha, que
era a PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado (de 1945 a 1969) a que
se seguiu a DGS – Direcção-Geral de Segurança, uma polícia judiciária que
actuava nos sectores de estrangeiros, fronteiras e segurança do Estado. Era
eficiente e controlava mesmo. Tudo se sabia e tudo se resolvia, incluindo os
abusos. O país era seguro, e não havia nenhuma ditadura tenebrosa a comandar os
destinos da Nação, simplesmente porque não havia ditadura nenhuma. O que o povo
tinha intuído, e bem, é que aquela entidade protegia, evitando que toda a casta
de escumalha social que hoje pulula por aí, sorvesse os recursos do país em
subsídios, subvenções, colossais gastos em ministérios para amigalhaços,
associados nos maquiavélicos BE, PCP, PS, Li-li-li-vre e PAN, para citar apenas
os mais usurpadores de poder e dinheiros públicos.
A PIDE, tinha em si o poder hoje repartido pelo SEF, PJ,
SIS, e sei lá quantas siglas mais que se dedicam a controlar quem fala mal do
estado e revela os seus podres, em vez de assegurar a real relevância do crime
organizado, do terrorismo de esquerda, da corrupção generalizada, da importação
de escumalha e sabujos de países que nunca souberam o que era isso, de serem
país.
Quando, no século passado, no tempo fascinante da outra
senhora, alguém delatava era apoiado, a mesma atitude que o polvo rosa tem
vindo a promover, no tempo da nova outra senhora.
Quando, alguém no tempo do Estado Novo, denunciava os
indícios de corrupção ou de violência, a autoridade policial vinha logo, qual
arauto da moral, do respeito e da educação restringir esses abusos. Agora, no
tempo deste Novo Estado Novo (que tem quase a mesma idade do velho Estado Novo)
quando autoridade intervém com justeza e rigor, porque autoridade é sempre
autoridade, todos se revoltam contra os principais princípios básicos da
sociedade: respeito e moral. Quer isto dizer, que incompreensivelmente, quem
nunca foi prejudicado com estas barbaridades na sua juventude (a geração dos
60s mais ano menos ano), venha agora destruir o resto dos bons costumes que
sobraram daquela estupidez militarista e amaricada de 1974. Sim, amaricada!
Desde quando é que se faz revolução com cravinhos? O que aconteceu foi um golpe
de estado. Isso sim!
Aconteceu aquela aberração histórica, porque, efectivamente,
o serviço de repressão do estado não estava muito afinado, convenhamos. Se
estivesse, a esquerdalha não tinha tido hipóteses de destruir o país, como o
destruiu. Mas, enfim, o passado também é História.
Assim sendo, a Democracia tendenciosa, fascizante,
retrógrada e repressiva em que vivemos actualmente, é mais perigosa, e
penalizadora para os cidadãos do que o passado contemporâneo. Apesar de tudo,
parece que para comemorar o centenário do que alguns historiadores, quase todos
de esquerda, definem como um regime político, autoritário, autocrata e
corporativista, que começou com a Constituição de 1933, e já havia facções
reaccionárias. Estamos a 13 anos de um século da mudança. Faltam 13 anos para
alterar esta constituição caduca, e instaurar outra mais consentânea com o novo
milénio e substituir estas ferramentas repressivas do Estado, por outras mais
potentes, modernas, que não condenem um denunciante de brutais esquemas lesa
pátria como um pirata informático. Isto nem coincide com as linhas mestras do
governo em relação à denúncia premiada, nem com o controle repressivo do
antigamente.
Ah! É a justiça! É que agora a justiça, na pseudo-democracia
é justa e antigamente, no tempo da PIDE era injusta. Pois!..
Só não sou nazi, porque em Portugal não existe um Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Portugueses, e o alemão, não é lusitano.
O mais parecido que temos, por cá, em nome, é o Partido Socialista nacional, o
cor-de-rosa, do Costa, do Sócrates, do Guterres e do Soares, os
primeiro-ministros que em quase 50 anos, apagaram o nome de um só chefe de
governo, e afundaram Portugal. Sem a PIDE, mas com um estado controlador,
parece que vivemos no passado, mas com as manias do presente. Se calhar, é
preferível ter um chefe de governo, à antiga, em vez de um primeiro-ministro, à
moderna. Coisas.
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

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