Num destes dias estava no quintal, solarengo, quando passou por mim o trengo, que tinha a mania que era mulherengo. Cumprimentou-me o mostrengo, natural de Reguengo do Alviela, e andava sempre com piela, que tinha um podengo chamado Flamengo que irritava a minha cadela chamada Minela.
Falou de rameiras e de freiras e de outras baboseiras com asneiras pelo meio, no seio e no neto no recreio. Falou de malta sem eira nem beira, e de ir arranjar as botas caneleiras.
E recordou que antes de pendurar as chuteiras, vendia os frutos das figueiras, macieiras, laranjeiras e oliveiras, nas feiras, e que cuidava de palmeiras na vivenda das herdeiras lá da terra, na Serra, onde se enterra o passado e assim e assado.
O sujeito fora suspeito de ter escapulido, qual foragido, a um mandado de detenção, por falsificação. Por isso, deixara o futebol mas, mantinha o cachecol tricolor, já com mancha de bolor numa ponta, feita tonta.
Entretanto, o sol encolheu e o fulano todo ufano, escolheu, ir embora. Agora!
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

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