quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

POBO, IDE BOTAR!

POBO, IDE BOTAR!

 

Num destes dias frio de Inverno

Vamos voltar, em Janeiro, ao inferno

Encher mais umas urnas com papel

Reciclado e pré-impresso a granel

 

São as presidenciais, caro cidadão

Eis todos os candidatos, tal qual são

Estes cromos, divertidos, desmiolados

Que dizem asneiras por todos os lados

 

Um cromo desistente e estranho

Autor duma treta ou equívoco tamanho

Ele é Eduardo Baptista tenente-coronel

Um militar farto de se passear no quartel

 

Tiago Mayan, pessoa do Norte

Pela primeira vez, tenta a sorte

Com ar tímido, fica meio bloqueado

Se o adversário o deixa apertado

 

O sempre candidato André Ventura

Nunca perde a irritante compostura

Mesmo não sendo fascista, o bacano

Implica tudo o que tiver pinta de cigano

 



Ana Gomes, uma mulher revoltada

Não vai ganhar coisa nenhuma, nada

Apesar de ter estado pelo euro parlamento

Foi corrida da Europa e veio tocada a vento

 

Marisa Matias, a conhecida bloquista

Que repete o desaire, presidencialista

Por ser mulher, mas se homem fosse

Também nunca lhe dariam posse

 

Marcelo Rebelo de Sousa, o professor

Fosse mais novo uns anos, este senhor

Nem com ‘selfies’, abraços e popularidade

Seria o que é, e continuava na Universidade

 

 João Ferreira, outro convencido comunista

Que sonha, com poder, fama e conquista

Andou pela Europa com camaradas e povos

Mas, aqui não vai fazer omoletes sem ovos

 

Finalmente, Vitorino Silva, o calceteiro

Que é, mais ou menos, outro tripeiro

Diz-se um representante, da voz popular

Mas, o tuga, sinceramente, está-se a ‘cagar’…

 

Fernando Skinrey - Janeiro, 2021

Imagem: Google

 

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