Têm-me atormentado os neurónios com os piropos ofensivos do mais cruel que podem imaginar. Todavia, ser-se ordinário é a melhor terapia que existe, pois quem fala mal alivia a tensão.
Nem sempre fui mesquinho, maldizente e ordinário. Comecei por ser frontal. Depois subi na hierarquia e passei a ser provocador e irónico. Por fim, juntei o cinismo à mesquinhez e à ordinarice e transformei-me no coerente, grosseiro e embirrante que sou agora. Sinal dos tempos.
Aliás, cruzamento de angolana com tripeiro só podia dar nisto. Do que não gosto, não gosto mesmo, aceito mal mas convivo em sociedade com as coisas e as pessoas nesta categoria. O que amo e gosto, defendo de forma denotada. Gosto e pronto!
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

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