segunda-feira, 12 de maio de 2025

QUE VERGONHA!

 Por vezes a vida surpreende-nos de uma forma positiva e revela, em simultâneo, pequenas surpresas por parte de quem nos acompanha ao longo dos anos.

 Desta vez, foi a veia literária da minha mulher. O resultado foi o pequeno texto a concurso que se segue:

 

"Devia ter para aí, uns 22 anos, e estava numa piscina com a família, na Região de Lisboa.

Com esta idade ainda pensava em ser muito virada para o futuro, sem ouvir os outros e muito senhora do meu nariz e das decisões, mesmo as mais parvas, que tomava.

Acabara de estrear um fato-de-banho, de peça única, comprado à revelia da opinião dos familiares, em especial, a opinião da mãe, essa figura sempre presente e acolhedora, mas que na juventude, achamos muito antiquada.

Toda vaidosa, de branco, resolvi mergulhar num estilo feminino, com uma mão a tapar o nariz.

Mergulho rápido, não pela temperatura da água, mas sim para estrear a peça. Só que, além de emergir, com uma maminha de fora, passei por outra vergonha, quando aflita e chocada, reparei que todos estavam mais ou menos atentos aos meus movimentos, pois, o branco transformara-se em semi-transparente por acção do molhado.

Acelerei o passo, enrolei-me numa toalha e fiquei a aguardar o regresso a casa muito complexada e pensando no que poderia ter evitado, se tivesse escutado a minha mãe.

Serviu-me de lição."

Alexandra Teixeira

 

 


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