quarta-feira, 6 de abril de 2022

A TETUDA

 

Com as tetas bem empinadas

Apertadinhas, aconchegadas

A moça lá ia desfiando o andar

Para aquela silhueta mostrar

Ritmo certo das passadas

Com dificuldades em respirar

E as nádegas a baloiçar

Os gigantescos peitos que ela tem

Provocam decerto inveja a alguém

Contudo, não eram assim demais

Se comparada com outras que tais

Bem proporcionada e equilibrada,

Quiçá, para alguns, cheia um pouco,

Para outros na percentagem desejada

Aquela que deixa um homem louco

 

 

Fazia as minhas cotações peitorais e de beleza

Olhando em redor, sem a perder de vista

Outras corredoras estavam na pista

Mulheraça, como aquela matulona corredora

Equipada com um fato de treino rosa e grená

Óculos espelhados, auscultadores e panamá

Mas uma coisa, tenho eu com toda a certeza

Notava-se que embora esforçada era amadora

Olhava para todas elas ao longe ou ao perto

Porém, só me baralhavam o raciocínio por certo

Enfeitiçado continuava, eu com aquele mamaçal

Estonteante, muito diferente por exagero do habitual

Tive de regressar a casa porque o apetite chegara

Com tamanha distraccão, perdi a noção do tempo

Mas recordarei sempre com gosto cada momento

 


 

Poema: Fernando de Sucena/Setembro-2021

Imagem: Facebook

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