Esta coisa de ser contra ou, negar o óbvio, é uma característica das pessoas inteligentes. Todavia, estas, as das vacinas, não o são. A Constituição velha e caduca que temos, está desajustada da realidade global que se alterou imenso, desde o golpe de estado da abrilada de 74. Ela prevê uma série de regras sociais e humanas obrigatórias. Se não se cumprem umas, também não se podem cumprir outras. Negar a vacina é prejudicar a sociedade e é bem pior do que praticar o racismo, o fascismo ou o comunismo. A ver se, assim, a malta percebe que os prevaricadores têm de ser penalizados. Por exemplo, â bruta, como na China.
Curioso é o facto de o próprio estado não cumprir com a lei. Como não tenho nada que fazer andei a passear por serviços públicos, para tratar da minha vidinha e fiquei estupefacto com as atrocidades cometidas por quem vive da função pública. Baias e fitas policiais a impedir o acesso a zonas contaminadas, as mal empregadas de limpeza a usarem o pano de desinfectante para as cadeiras, lavabos e puxadores; gabinetes de chefias com circulação e reuniões desmascaradas; termómetros avariados e sei lá que mais. O certificado nem consta dos pedidos de acesso e testes comprovativos negativos ou testagem aos próprios funcionários... zero. Ah, pois é! Soube ainda, por frequentadores assíduos, destes focos de infecção, algo revoltados com a descriminação de que são alvo por parte de empresas cumpridoras, que nem existe já uma obrigatoriedade de desinfecção das manápulas ao entrar nos locais. Bandalheira pura.
Essa malta que se recusa a ser inoculado como prevenção contra viroses diversas além, de se integrar no grupo social dos egoístas, demonstra também uma estupidez natural, quiçá, por não receberem a dose recomendada de inteligência à nascença.
Tenho lido, ouvido e visto através da comunicação social disparates tão básicos e primários que nem os Chineses os quereriam comprar para vender nas lojas dos mesmos.
Atente-se no detalhe seguinte: o SARSCOV-2, não apareceu em 2019. Foi uma evolução, aperfeiçoada na China, de uma invenção de 2003, o SARS. Se, fosse, como dizem os idiotas dos negacionistas, um controlo por parte do Estado, nunca teríamos chegado tão longe no desgaste social, humano e financeiro para debelar esta pandemia que veio para ficar. Ou seja, aquilo que esta malta mal informada diz ser uma forma de controle do estado perante os cidadãos, é pior do que os piores desta estirpe humanóide.
Se o Estado quisesse controlar esta malta escusava de gastar paletes de notas em pôr bem as pessoas menos susceptíveis às doenças respiratórias. Não seria, supostamente, necessário estarem a enfiar mini-micro-nano chips nos bracitos desta gente. Sem pretensões a ofensor, esta malta é controlada pelas televisões plasmáticas das salas, pelos cartões multibanco, pelos passes, pelos acessos à internet e demais rasto electrónico, que controla até a intimidade de cada um mas, nada dizem.
A este propósito, a actual temporalidade, está a fundir, por curioso que pareça, três obras da literatura. A saber: Eight O'Clock on the Morning, de Ray Nelson (adaptado ao cinema sob o nome Eles Vivem, por John Carpenter); What Happenned to Monday de Max Botkin e Kerry Williamson (Tommy Wirkola adaptou-o ao cinema com o título, em português, de As Sete Irmãs) e 1984, de George Orwell (realizado por Michael Radford). Todos eles são distópicos e assentes na ficção de ciências sociais, fundido o controle da massas com o poder e autoridade.
Adiante, os negacionistas podiam, no mínimo, puxarem, de vez em quando pelos neurónios e perceberem que estão errados. Completamente errados. Quem recusa a socialização, só pensa no seu próprio umbigo e pouco se preocupa com os problemas que causam aos outros, não merece respeito. A liberdade de cada um acaba quando implica com a dos outros. E prejudicarem aqui o euzinho, não lhes admito. Nem estes, nem outros bandalhos que negam as coisas. Estas e outras. E esta imbecilidade, é extensível aos mandantes, e aos políticos, porque poderiam só deixar votar quem estivesse inoculado. Mas isso era um risco. Intolerável para eles. Até porque, os politicos suspendem os confinamentos e os isolamentos para botarem.
O voto é importante, e o Covid como democrata que é, vai retrair-se nesse dia, inesquecível para os negacionistas e os outros. O facto de votar é, por si só, inibidor do contágio do coronavírus, pelo que os negacionistas, no fundo, até terão razão, pois a vacinação não tem razão de ser, porque com ou sem isto, é uma bandalheira. Quer sejam as mais altas individualidades do país, ou um qualquer funcionário duma Junta de Freguesia, esquecem que quanto mais matarem os fregueses com esta mania doentia, das eleições, menos pessoal votará nas próximas. Matemática simples. Além do mais, se o voto não é obrigatório não devia haver regras especiais. Por tal motivo, nego-me a votar. Deste modo não tenho de me preocupar com a minha saúde face à estupidez dos outros. Tenho o direito constitucional de não votar, pois não sendo obrigatório, o voto dos negacionistas devia ser impedido e dos confinados também, pelo bem estar dos outros. Era bom para todos. Ademais, não se mantém o distanciamento nas filas, não tem de se mostrar o certificado ou teste negativo, para nos candidatarmos a sermos pioneiros na sexta vaga de infectados. Os voluntários, pagos, nas mesas de voto, também não terão nenhuma bonificação pelo risco acrescido de brincarem às eleições. Tudo isto é uma brincadeira. Enfim, é a minha opinião e essa é livre.
Por isto, a vacinação devia ser obrigatória. Quem se recusasse a ser inoculado, deveria ser ostracizado, isolado, multado e pagar os custos totais dos tratamentos do SNS, para além de ser detido até ser bem espetadinho. Para essa gente a vacina devia ser administrada na cabecita, a tiro, como se faz com os calmantes aplicados aos animais dos safaris. O PAN até seria capaz de apoiar esta medida, pois assim, o tratamento bicho-homem seria idêntico. Até porque, no fundo, somos todos animais.
Esta gentalha é má, tem maus princípios civilizacionais, são mal educados e anti-sociais. Por tal desempenho anormal, deviam ser grandemente penalizados. Não gosto deles. Pronto! Porrada neles. Neles todos, quer sejam de direita, centro ou esquerda. Não têm direitos. Deviam ser banidos de frequentar os mesmos lugares e da mesma forma que as outras pessoas normais, cumpridoras e civilizadas. Ma'nada. Nunca gostei de egoístas e parasitas e, quando tudo parecia estar a normalizar-se com um ajuste social, eis, senão quando, apareceu esta pandemia para revelar o que de pior as pessoas têm. Além disto tudo, a estupidez não é doença é feitio. Se isto afecta toda a gente, temos de recordar, sempre, que quem não se sente, não é filho de boa gente, e eu sinto-me. Cito, a terminar, o presidente da França, e nem sequer gosto dele por ser socialista: Quando as minhas liberdades ameaçam as dos outros, eu torno-me um irresponsável e um irresponsável não é um cidadão. Bravo, Macron! Bravo.
Texto: Mário Teixeira/2022-Janeiro
Imagem: Google
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