Durante muitos anos pensei em
como o homem deveria ter sido feito, para que as mulheres detectassem, sem
nenhuma dúvida, os enganos sentimentais e sexuais destes face às suas legítimas
ou futuras tal.
Por outro lado, numa perspectiva
científica e futurista, da forma como deveríamos ser, elas teriam sempre uma
noção muito aproximada do uso que os parceiros iam fazendo das suas partes
reprodutivas ao longo da vida. Depois de muito pensar, deduzi que, se nos
machos, a situação fosse como nas fêmeas, nasceríamos com a pila e os tomates
sem renovação, para a vida toda como acontece com os ovários delas que já veem
abastecidos para serem usados ao longo da existência. Assim, quanto mais uso o
membro tivesse, mais este minguava e os fluidos esgotavam, dando uma ideia
aproximada do número de vezes que o acto tivesse sido praticado.
Esta hipótese obrigava a uma
gestão muito equilibrada ao longo da vida, pois a utilização em subtrativo
parcelar garantiria a parcimónia do uso. A diferença em relação ao que acontece
naturalmente, é que a cada relação o desgaste era medível. Está certo que
durante a adolescência e o pré-adultismo, o abuso do uso seria desregrado, mas
após essas investidas, teria necessariamente de haver moderação, para se poder
ter prazer ao longo da vida. Caso, o desgaste não fosse total, por incapacidade
ou por morte haveria uma indústria de reciclagem e transplantes a funcionar. O
maior problema é que os ricos continuariam a f**** tudo e todos, pois a sua
capacidade estaria sempre renovada.
Por outro lado, as mulheres
poderiam, em caso de necessidade socorrer-se daqueles que por diversos motivos
estivessem ainda bem acima da reserva estratégica. Seria interessante ver o
índice de desgaste dos padres…
Estas fêmeas, saberiam gerir as
suas necessidades e seriam elas a manter o equilíbrio da coisa, evitando os
abusos, as violações e a prostituição mercenária. Seria interessante. A sério
que seria. Mas, o maior dos problemas era visual. Como e de que forma se
conseguiria esconder o recipiente e o ejector? É que tamanha coisa teria de se
transportar numa mochila, por exemplo. Convenhamos que era feio. Feio p’ra
c******.
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

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