Tudo começava com uma discussão,
por mais um motivo fútil qualquer.
Gritavas, batias e maltratavas
quem por ti sofria e amava: a tua mulher.
Expulsaste-me da nossa casa mas,
aos outros disseste, "foi ela que saiu"!
E, mandaste-me nesse triste dia:
"vai para a puta que te pariu".
Para me ver livre de ti, desse ódio
e dessa violência toda, saí e muito lutei;
Arranjei energia, forças, ânimo, coragem
e uma vontade nova. Como? ... Não sei!
Escusas de mostrar sofrer ou pena de mim,
por causa do calor ou, do frio,
Lembra-te que há uns tempos me disseste:
"vai para a puta que te pariu".
Ofendeste o meu orgulho em ser mulher
e achaste que só eu podia sofrer,
Engano, teu. Nunca esperas-te que reagisse
como reagi e pudesse sobreviver.
Continuarei a ignorar as tuas mentiras
e pedidos, apenas te digo... Shiu!
Porque foste abjecto, ordinário e me disseste
vai para a puta que te pariu.
A minha vida vai continuar a seguir
num futuro melhor, sinto, cá dentro, em mim,
Cresço, como pessoa, enfrento,
um mundo melhor a cada momento, enfim!
A vida, afinal, parece que escondeu
tamanho sofrimento e me sorriu.
Já perdi o medo, e agora digo eu:
vai tu para a puta que pariu!
Fernando Skinrey 2019/6
Imagem:Google

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