O que é o ódio. Ódio, segundo o dicionário Priberam, significa muita coisas. Aversão, ressentimento, má vontade, animosidade, irritação, desagrado ou insolência pode se motivado por antipatia ou por ofensa.
Todavia, se avaliarmos cada um dos significados referidos, a palavra esmorece ainda mais.
Animosidade: Coragem, impetuosidade, ardor, ira ou inimizade.
Irritação: Excitação, exasperação, ira, exacerbação.
Desagrado: Falta de agrado, descontentamento, desgosto, desprazer ou repugnância.
Insolência: Manifestação do orgulho das pessoas que se elevam acima da sua condição, desaforo, modo insólito de obrar.
Ressentimento: Acto ou efeito de se ressentir, ou lembrança magoada de ofensa recebida.
Aversão: Repugnância para com alguém ou alguma coisa, antipatia ou ódio.
Resumindo, o ódio não é ódio. É uma reacção ao ideário pessoal de cada um e, mais importante, aos conceitos que cada um de nós tem assimilados. O ódio não existe. O que existe, é uma discordância em relação a algo que, digamos, não encaixa, nas ideias e gostos de cada um de nós. Não gostar de pretos, de ciganos, de gaiada, comunistas, ou de minorias escumalhosas não é ódio... É, apenas um gosto, reconhecido pela Constituição portuguesa.
O que é o ódio? Ódio é uma simples palavra apreciada por uma malta de esquerda, e por intelectuais de direita, como eu, e que significa apenas que não se gosta, não se adora, nem se aprecia. É um outro significado para amor. Este quando é exagerado, transforma-se em amor.
A malta da esquerda e de esquerda esquizoide, acham que a palavra serve para atacar os outros porque ter ódio é ser odioso. O pessoal da direita, às direitas, utiliza a palavra para explicar que o ódio é ser odiado. Dizer-se que não gostamos de pretos, ciganos, maricada, e outras variantes da raça humana, não é odiar, é afirmar uma opinião, e essa é, e será sempre, considerada, pela parte oposta respectiva, como uma afirmação de ódio, mesmo que não o seja. Amar não é odiar, mas sim amar. É uma forma mais musculada de discutir e, discutir não é bater.
Portanto, o ódio não é crime, nem é motivo para criminalizar, só porque se gosta de algo ou alguém. A liberdade permite que se grite em alto e bom som, do que não gostamos, concordamos ou aceitamos por ser diferente. Não personalizando, não se acusa, logo não se pode odiar.
Vamos amar o ódio, porque sendo outra forma de amar, vamos odiar o amor, pois os extremos tocam-se, né?
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google
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