terça-feira, 30 de junho de 2020

O BANQUETE


Aquele era o sábado da decisão. Tudo fora combinado, preparado e pensado até ao pormenor mais ínfimo, mais entranhado.
Os convivas e toda a casta de convidados afloravam e unificavam-se nas diversas divisões da casa à espera do momento supremo do evento que, os reunira ali, desperdiçando tempo e dinheiro numa situação eventualmente trivial ou, numa gloriosa ocorrência.
O tempo mudou e o espaço, também, após efectuado o casamento, a união de facto, depois de se ter consumado a união de dois seres, surgiu a boda, o banquete, ou a deglutição maciça de fibras vegetais e animais por dezenas de dentes, mais ou menos cariados, chumbados em bocas de capacidade razoavelmente vasta, com hálitos diferentemente classificáveis.
Os olhares e os esgares de prazer gordamente refastelados nos corpos dos seus titulares, não indicavam mais do que o visível: um apetite demolidor.
As dezenas de convidados dos nubentes, iam-se acomodando, no progressivamente exíguo espaço do jardim, para, em breve, se apoderarem do conteúdo das inúmeras travessas e terrinas cobertas, expostas a todos, na sua intimidade, e sujeitas aquele assédio manual que se previa.
Com o bater das catorze horas, e a chegada dos noivos, recém-casados e, ainda, frescamente ex-solteiros, o povo presente em uníssono gritou estridentes vivas ao casal Sousa.
Ela, uma mastronça, de vinte aninhos, joviais e vividos, louraça, o que disfarçava o buço, gorda mas, com fortuna paterna. Ele, um mamarracho de vinte e oito anitos puros e inocentes, moreno, esquelético, com uma fortuna no bolso do casaco galego oferecido por uma tia avó, do cunhado do genro do pai, por sinal, neto do primo do irmão da sogra, da primeira esposa do seu pai, mas sem dinheiro. Ela com bens de raíz bem bons e, ele com boas raízes educativas e morais.
Enquanto se imploravam aos anjos a felicidade e o melhor neste mundo, e dos outros, para o parzinho, a fome ia invadindo o ambiente, destruindo o raciocínio, exigindo maior metabolismo por parte dos organismos cada vez mais débeis, ainda que, insuspeitamente, ninguém reparasse nesse obscuro pormenor fisiológico.
Só que, para interromper esses idílicos momentos, uma triste notícia ensombrou o ambiente de festa para as duzentas e vinte e duas pessoas presentes nos cem metros quadrados do jardim.
Ao aviso de silêncio do ‘garçon-maître’ instantaneamente, todos sustiveram a respiração e desdobraram as orelhas para o triplo da área normalmente ocupada, por forma a melhor ouvirem as citações da tragédia ocorrida.
 
Devido a um incêndio, na cozinha, a carne com que se iria confeccionar os acepipes dos convidados, queimara-se e, naquela hora não seria possível a sua substituição.
Após o término da declaração, um burburinho se espalhou pelos canteiros e lotes arborizados, advinhando catástrofes vindouras, avisos do destino, optimismos exacerbados. De imediato, se tentaram negociar seguros de habitação, contratos de ‘catering’, discutiam-se alternativas ao copo-de-água e efectou-se uma colecta para obstar aos prejuízos.
Subitamente, um dos criados veio a terreiro dizer que afinal havia carne e que a refeição estaria disponível passados minutos, pois haviam arranjado alternativa, afim de satisfazerem o apetite insaciável dos convidados. Seria utilizada apenas carne de tipo bovina.
Os dois autores do petisco, beneficiando da surpresa e alegria generalizada e, da confusão existente, evitaram revelar a origem da carne.
Passaram três horas, e o caso até passaria despercebido, não fora o desestabilizador do noivo insistir com os presentes, em coro, a vinda até ao centro da mesa, das duas sogras para partirem o bolo.
Todo o aglomerado humano chupava os dedos e lambia os beiços com o paladar daquelas fatias de carne assada, do caldo de carne, do delicioso empadão de carne e dos suculentos hambúrgueres, quando o Luís, o noivo, anunciou em voz solene que as sogras não poderiam estar presentes porque tinham sido engolidas pela multidão presente. Elas eram as vacas.
Agoniado e arrependido saí daquele matadouro e, meditando decidi nunca mais comer carne e, nunca casar, não vá acontecer ter de comer a minha mãe, porque a sogra já foi.
Desde esse dia ganhei ódio a vacas e nem de cozinheiros posso ouvir falar.

Texto: Fernando de Sucena 1992/MARÇO – Direitos Reservados para Produtores Reunidos
Imagem: Google©

O PANTEÃO DO PESSOAL AMIGO


Muito se fala, presentemente, na ocupação do exclusivo espaço do Panteão Nacional com qualquer cromo que Abril revelou.
O Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa.
Fundado na 2ª metade do século XVI, o edifício foi totalmente reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquiteto João Antunes; embora nunca chegasse a abrir ao culto, conserva, sob a cúpula moderna, o espaço majestoso da nave, animada pela decoração de mármores coloridos, característica da arquitetura barroca portuguesa. Elemento referencial no perfil da cidade e oferecendo pontos de vista privilegiados sobre a zona histórica da cidade e sobre o rio Tejo, está classificado como Monumento Nacional.
Na sua proximidade realiza-se semanalmente, às 3ªas feiras e Sábados, a tradicional Feira da Ladra, e qualquer dia até se poderá alugar o espaço para esta actividade comercial, acompanhada com uns espaços de restauração, com o patrocínio de uma qualquer fábrica de ‘bejecas’ e protegendo os vendedores das intempéries.
A História é feita de muitas personagens. A cultura é desenvolvida por muitas mentes eruditas. A sociedade, a medicina, a ciência e a tecnologia são bastantes vezes apoiadas numa ideia realmente diferenciadora e decisiva no desenvolvimento da Humanidade.
É destes vultos que falamos. E Portugal tem alguns. Mas, daí até qualquer gajo muito badalado nos jornais e nas televisões, durante alguns anos, ir para um espaço que, supostamente é ímpar, vai uma distância enorme independentemente de produzir riqueza para a nação.
A lei prevê que as “honras do Panteão” se destinam “a homenagear e a perpectuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade”.
Sophia Mello Breyner; Eusébio da Silva Ferreira; Aquilino Ribeiro; Humberto Delgado; Manuel de Arriaga; Teófilo Braga; Sidónio Pais; Óscar Carmona; João de Deus; Almeida Garrett e Guerra Junqueiro, estão lá trasladados. Alguns, não se entende, o porquê da sua presença.
No Panteão, encontram-se ainda cenotáfios - arcas tumulares de homenagem sem corpo - evocando as figuras de Luís de Camões, do infante D. Henrique, de D. Afonso de Albuquerque, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral. Compreensível.
O que é mais discutível são os nomes que se apontam para a última vaga existente, até ver: Salgueiro Maia; José Afonso; Aristides Sousa Mendes e José Hermano Saraiva. O que é que eles fizeram de importante? Em que é que o país ficou mais desenvolvido? Porquê estes e os que lá estão e não outros. As personagens são colocadas ao sabor das maiorias parlamentares.
Já agora, seria interessante repensar o conceito e a História, e repensar o espaço com um aumento substancial de recortes para triplicar a capacidade do aterro ósseo.
Com o financiamento em sistema de PPP, convirá começar já as obras de alargamento, melhoramento e beneficiação, antes que o espaço seja ocupado com alojamento local ou um hostel de luxo como a estação de comboios do Rossio. Até porque, quando se fala de desvios orçamentais a referência popular remete logo para as obras de Santa Engrácia. Pois!...
O Panteão,  pertinho do sítio onde vivi os primeiros anos de vida

Ademais, com espaço em barda podemos colocar futuramente, no espaço (se ainda existir daqui a 20 anos), o Cristiano Ronaldo, o quebra bilhas do futebol; José Sócrates, o rei dos off-shores; Camilo Mortágua, o terrorista reformado; Bruno de Carvalho o incendário; o Eng. do Penta e campeão da Europa ou José Vilhena; Oliveira Salazar; Mário Soares; Álvaro Cunhal, Tony Carreira; Maria Leal e umas tantas figuras da esquerda caduca, com a memória eterna de progressista. E nuns tantos cenotáfios, Viriato; D. Afonso Henriques; Zé do Telhado; Luís Goucha, entre outras figuronas, muitas delas aberrações de género.
Já agora guardem um espaço para mim mesmo, porque estou a caminho de me tornar o primeiro anti-antifascista do país a ser detido e assassinado, pelo que passarei a ser o primeiro mártir nacionalista da pseudo-democracia lusitana. Por isso, posso ir para o Panteão do pessoal. Até porque sou amigo, vizinho e conhecido de uma data de malta da política que se arrastou dos anos 60, onde fomos fabricados até ao século XXI. Mais. A finalizar. Vivi ali mesmo, mesmo pertinho enquanto puto. Ah, pois!...
Texto: Fernando de Sucena
Texto publicado originalmente da edição on-line do XOK Magazine.

O OUTRO EGO DO OUTRO EU



Desde que este confinamento, ou prisão domiciliária, começou que, sinceramente, ando muito falho de actividade criativa e cultural. O escrever é algo de assintomático nesta fase. O pensar é algo que cansa e não amansa. O estruturar o discernimento, a pensar no COVID-19, é uma tarefa penosa, pois, as expectativas de que o tempo urge, sem que a vontade de exprimir acelere para o contexto final.
Como criativo, pseudo-artista, intelectual de café, ou pretenso escritor tenho a particularidade de ser bipolar. Este desdobramento do ego tem recolhido inúmeros dissabores que, associados a uma inconstância, constante, ao longo da vida, não impediram, apesar de tudo, que me sinta um privilegiado com a minha existência. As fases eufóricas foram em maior número e bem alongadas no tempo, o que consubstanciou a justificação dos inúmeros falhanços na vida e o elevado índice de erros cometidos em quase todas as fases da vida que destruíram projectos e ideias inovadoras em projectos vulgares e, nalguns casos, em bizarrias grotescas, ou atitudes e comportamentos em excentricidades sarcásticas e ofensivas.
Não quero alongar-me em demasia, no quão belo e pernicioso é, ser-se bipolar. Essa amplitude comportamental, que ainda origina acesas discussões técnicas entre os profissionais da saúde mental e a incapacidade ou não destes seres, uma minoria, que a esquerda insuflada e terrorista deveria reconhecer, e ser motivo de preocupação, como a que esses bacocos devotam a todas aberrações de sexo, cor e cultura, que eles acham merecedoras de apoio e carinho. Então, as minorias refractárias da sociedade, essas mesmas que se recusam na maioria a dar o seu voto a quem não reconhece essa deficiência, não merecem mais consideração. Um bipolar é mais normal que um bissexual, ou que um bicolorido (mistura de cores).
Ser bipolar, é ser-se superior, mais inteligente, culto, perspicaz e compulsivo socialmente. Se o bipolar for branco melhor ainda, porque as outras raças, com um singelo duvidar da amarela, não o são. Ser-se bipolar, quiçá, marado instável, permite que se veja o mundo e a política como na realidade são: Um amontoado de cínicos, boçais e subservientes, onde quem mais, compadrios tem, mais insipiente e imbecil se torna no desenvolvimento da Humanidade. Isto tanto é válido nos países ricos ou pobres ou, nos partidos da esquerda ou direita. A melhoria do mundo passa pela inclusão desta minoria altamente qualificada, com o senão, de serem muito instáveis. Instabilidade não significa sabedoria, é certo, mas pressupõe capacidades acima da média.
Esta bipolaridade que me tomou de assalto no início dos anos 80, definiu um padrão de trabalho muito activo, diversificado e disfuncional. A capacidade de aprendizagem é enorme pelo que, rapidamente, existe uma saturação dos procedimentos e meios de produção, o que causa uma necessidade de mudar com alguma frequência de função; de empresa ou de local. A necessidade dessas mudanças, relacionam-se com uma melhoria rápida dos métodos e protocolos, pelo que num ápice, o funcionário tresanda de inveja. Todas as empresas deveriam contratar bipolares e aproveitar os impulsos altamente produtivos dos possuidores desta patologia, algumas vezes genética. Este confinamento, ou prisão domiciliária, é duplamente penalizador para quem vive do improviso e do contacto com os outros, e se alimenta dos conhecimentos generalistas recolhidos aqui e ali, que contribuem para uma suprema organização e uma enorme mania dos detalhes. Quem contratar um bipolar, digamos de meia-idade, pode ter a certeza de que disporá no seu ambiente profissional, de um gestor ou director perspicaz, que constitui sempre uma mais-valia. Fala a voz da experiência de um experiente bipolar.
Este desdobramento do ego tem recolhido inúmeros dissabores que, associados a uma inconstância, constante, ao longo da vida, não impediram, apesar de tudo, que me sinta um privilegiado com a minha existência. As fases eufóricas foram em maior número e bem alongadas no tempo, o que consubstanciou a justificação dos inúmeros falhanços na vida e o elevado índice de erros cometidos em quase todas as fases da vida que destruíram projectos e ideias inovadoras em projectos vulgares e, nalguns casos, em bizarrias grotescas, ou atitudes e comportamentos em excentricidades sarcásticas e ofensivas.
 
Enfim, não existe nada mais complicado do que ser bipolar e viver como bipolar. Uma nota final. Quem convive e vive durante anos com este tipo de gente, é meritório do epíteto de amigo. É que é preciso muita paciência para lidar com esta minoria. Pobres pais e caras-metades, que aturam muita coisa má e complicada, sobretudo, nas fases eufóricas que é quando o talento explode. Os problemas surgem depois. Paciência! É bipolar mesmo.
A única ofensa que pode ser grave para um bipolar é chamar-lhe psicopata, autista ou esquizofrénico. É que tal tratamento verbal, remete para outras características do foro mental muito perigosas e traiçoeiras que inferem com a sociedade, a família e os outros. Esses comportamentos resultam, quase sempre, em violência, agressividade e intolerância à adversidade e à negação. O bipolar, esse, inflige a si próprio nas fases mais depressivas, algumas dessas danações.
Finalmente, temos de separar os bipolares das bipolares. Sabe-se que as mulheres aquando da menopausa passam a ser mais atreitas ao Alzheimer. Em face desta alteração hormonal, deixam a bipolaridade e passam para a anormalidade. Assim sendo, a contratação deve ser direccionada para os homens. Escrevi Homens e não aquelas aberrações que por aí andam (cala-te boca…)
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

O NEGÓCIO DA PU****A


Anda por aí uma nova Madame X, toda excitada a desviar almas doentes para a prostituição como forma de ganha-pão. A dama chama-se Ana Loureiro e pretende honrar, com direitos e esquerdos, o trabalho sexual, de quem não sabe fazer mais nada .Antigamenre as senhoras tinham de viver  em usufruto comum de habitação com a directora da Casa Tolerada.
Esta ideia é peregrina.
Entre 1853 e 1962, a actividade era permitida com mais ou menos restrições. No entanto, com o Decreto-Lei 44579 de 1 de Janeiro de 1963, a prostituição e toda a actividade em torno do tira e mete e mete e tira, a dinheiro, deixou de ser aceite. Até então, existiam as chamadas Casas Toleradas e as moçoilas entre os 16 e os 21 anitos, virgens ou não, qual Ballet Rose, podiam iniciar-se nesta aliciante, e básica profissão, com a devida inscrição e controle sanitário por parte das autoridades. Isto consta no Regulamento Policial das Meretrizes e Casas Toleradas da Cidade de Lisboa, de 1858. Em 1982, foram introduzidas alterações no Código Penal (que pena) e as senhoras passaram a ser ou não consideradas ou desconsideradas, conforme a perspectiva de quem usa ou não, tais putativos serviços e o comércio do sexo deixou de ser punido com prisão ou coima.
Falamos de um negócio, de um sector empresarial que gere mais de 2,5 mil milhões de euros por ano livre de impostos. Muito mais do que se encontra em offshores..
Passados estes anos todos, vem essa lambisgoia arvorada em candidata a futura Ministra do Putedo, meter medo às concorrentes, com o empolamento de receios de que morrerão na miséria se não houver Segurança Social que lhes valha. O dinheiro que uma paxaxa rende, é variável, na proporção directa do uso privilegiado ou não que lhe for aplicado. Para convencer os de(PUTA)dos de que as meretrizes devem efectuar descontos e ter benefícios sobre a actividade desempenhada, terá de ser criada uma carreira profissional, com graus de rendimento e progressão. 
 
Não podemos esquecer as outras actividades paralelas, como os seguranças, protectores, exploradores ou exploradoras, entre outras profissões de elite. Não nos devemos esquecer, que terão de fazer publicidade muito mais proactiva do que a patente nos sítios e páginas do Correio da Manhã. Neste caso, teremos de ponderar os descontos em sede do IRS, na rúbrica Despesas de Saúde, e a Santa Igreja terá de apoiar a iniciativa, porque o primeiro cliente da senhora, a fazer fé nas palavras da própria, foi um padreco, mas não o das cuecas, lá para o Porto. A grande questão é se existirá algum campo, ao abrigo do mecenato, para doações para o sindicato delas, ou outra qualquer que receba 0,5% do IRS da malta.
Querer ganhar dinheiro fácil numa cama, ou recanto, em vez de o ganhar a trabalhar como as mulheres respeitosas e honradas, é mais uma artimanha filha da p***. Esta gaja é o arquétipo político, cujo grito revoltado apregoado, pelos anarquistas em 1974, no golpe de estado: “Putas ao Poder, porque os filhos já lá estão".
Mas, cuidado! Façam as coisas de forma a não sobrecarregarem os desgraçados dos Funcionários Públicos com mais prestações inúteis para gente oportunista. É que a páginas tantas, em tempos de crise, o teletrabalho e o confinamento obrigatório, serão pagos como um extra não dedutível.
Acresce uma outra curiosidade carregada de simbolismo. Contrariando a convenção da ONU, no sentido da descriminalização da prostituição, em 1949, Salazar dá o passo de proibir o exercício da mesma com uma decisão favorável, com pequena margem e longa negociação, pela Assembleia Nacional, que proibia novas matriculas, mas deixava fluir o negócio, ente as já registadas que poderiam exercer até à reforma por razão da idade. Recordemos que, naquele longínquo século XX, nestas décadas, não havia subsidiação de coisa nenhuma por parte da Segurança Social que dava os primeiros passitos no sentido de esmifrar os cidadãos.
Deste país de brincadeira, não se pode esperar coisa séria, muito menos ir na conversa de rameiras que não querem trabalhar, mas sim ganhar mais ou menos dinheiro, à custa das infidelidades ou suprimento de necessidades matrimoniais alheias. Sinceramente, tenham vergonha e tornem-se mulheres com M grande.
Por último, e não menos importante, nunca (exceptuando a primeira vez, claro) me socorri daquelas coisas nojentas, abjectas, sem personalidade, egoístas e badalhocas. Mania? Não! Coerência. Gastar dinheiro com elas, denota falta de qualidades humanas, porque rebaixa as fêmeas e prova que nada existe num homem que cative uma mulher, pelo que ele é, e não pelo sexo e dinheiro.    
O luxo é desnecessário. Quando se quer a opulência a qualquer custo, o caminho mais fácil é a abertura de pernas. Quem ama e gosta, mesmo dos filhos, tem vergonha e não debocha. Desculpar-se com os filhos e as dificuldades da vida, como esta tipa diz, para enfiar moedas na ranhura, é ser mesmo puta e não uma mulher. Mais nada. 

Texto: Fernando de Sucena
Imagens: Google

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