SALVAR BEBES É DISCRIMINATÓRIO
Nos últimos dias só se tem falado
de salvar uma bebé que nasceu com uma deformidade não mortal, fazendo esquecer
que existem mais uns 20 portugueses com semelhante doença, que não usufruem do
milagroso medicamento, mas estão vivos, alguns com 20 anos de existência com
Atrofia Muscular Espinhal.
Além de acção hipócrita, a
selecção do salvamento de um em vez de outro é anti-constitucional. No caso da
Matilde, esta promoção, é ainda mais asquerosa porque se trata de a criança ser
sobrinha-neta daquela aberração social que se diz ser a mulher do mariconço Goucha.
A homossexualidade a impor as suas ideias mentalmente debilitadas na sociedade.
Um caso idêntico, sobrevive há 18
anos e não tem o aparato que este tem. A solução para tratar todas estas vítimas
da maleita da moda que são as doenças raras, passa pelo Estado pagar todos os
tratamentos a todos os portugueses, que sofrem do mesmo distúrbio, sem
restrições. Distúrbio entenda-se a doença das vítimas, não a paneleirice dos
restantes. O investimento pode ser recuperado impedindo a entrada de tralha
humana que infecta o espaço Schengen. Esses milhões gastos a sustentar essas
coisas, que nos chegam em paletes, poderia ser aplicado na melhoria da
qualidade de serviços de saúde.
Nada, tenho contra, os tratamentos
das doenças incapacitantes, às possuidoras das mesmas, só que, sou de uma
geração em que o amor ao próximo era muito mais solidário do que agora em que o
€ (não o cifrão) manda em tudo. A solidariedade não se mede em crowdfunding.
Mede-se na capacidade de ajuda no tempo de uma vida. E isso, agora, não existe.
Salva-se a minha e as outras que se lixem. É o egoísmo exponenciado na
sociedade.
Para salvar a Matilde, temos de
salvar muitas outras dezenas que esperam ansiosamente a resolução do seu
sofrimento. Salvar uns e não todos é discriminatório. É um problema que o
Estado não deve ser responsabilizado, porque não foi esse mesmo Estado que
deu o pirafo.
Não estou a ser selectivo, nem
pouco mais ou menos. Digo, que se deveria tratar TODOS, por igual. Sou um
deficiente que luta contra a sociedade cínica e politicamente abjecta, há mais
de meio século, e onde chafurdo para sobreviver. Tive de me esforçar mais do
que muitos dos outros para alcançar algum sucesso. Não esperei sentado que me
dessem, o referido sucesso, como se dá uma prenda de anos, por frete, sem
esforço e com indiferença. Antes, os pais eram responsáveis pelos filhos,
sofrendo com eles estas angústias. Havia família. Não apenas em conceito mas em
termos geracionais. Agora, que vivemos na idade dos progenitores e das crias,
os animalescos instintos básicos surgem e imergem na destrutiva promiscuidade
genética, incentivada por uma esquerda corrupta e traiçoeira, todos praticam a indiferença
e o ‘Estado paga’.
Podem-me mandar à merda que
estou-me pouco ralando, para tal, pois as injustiças são cada vez mais
grotescas e hipócritas. Salvem a Matilde por ela mesma, não por quem está a
orquestrar a campanha. E, já agora, salvem as outras Matildes todas, mesmo que
sejam pretas, amarelas, fufas, mas portuguesas. Para salvar uma, temos de
socorrer todas. É assim a democracia socialista deve actuar.
Fernando de Sucena
Imagem (adaptada da RTP)

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