quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O CLIMA

 

Estava um dia destes a matutar na astrologia, e na astronomia; na ciência e física; no passado e no futuro, eis senão quando me atravessa a vista uma constatação que me baralhou o discernimento.

Estamos todos a ser massacrados com um bombardeamento a propósito da subida da temperatura, do degelo e de outras questões mais, que sendo importantes, não traduzem, na prática, nada de novo.

O clima no planeta, já sofreu imensas alterações, a maior parte delas não testemunhadas em registos, artefactos, pinturas ou outras formas de perpetuação da informação no futuro. Quiçá com os avanços da física quântica e a possibilidade que a mesma prioriza acerca de ser exequível andar para trás no tempo, possamos utilizar com toda a clarividência e sapiência inequívoca que isto do clima é cíclico.

Partindo deste princípio óbvio, não posso estar em acordo com a ideia climática de Trump e de outros visionários futuristas. Se existe energia fóssil, tal facto tem a ver com a última idade do gelo, que surgiu após a extinção dos dinossauros. Se houve outras alterações climáticas, o que é provável, essas deveram-se a oscilações internas da atmosfera terrestre. Com isto não pretendo criar uma guerra com os alienados das várias religiões monoteístas, até porque as guerras provocam graves danos no clima.

Porém, existem provas, ainda que insípidas de que houve várias alterações na superfície da terra, e não num espaço de tempo de milhões de anos. O que aconteceu, foi mais recente do que se pensa. Não estamos, portanto, a idealizar um problema moderno. Nem pode ser.

Quando eu era pequenino, em julho e agosto o calor era enorme, e nos meses de janeiro e fevereiro, o frio era doloroso para a ossatura. E isto aconteceu há sessenta anos apenas.

Por outro lado, havia mais espaços verdes, menos poluição provocada pela industrialização, pelo asfaltamento exagerado das ruas, pelas motorização desenfreada e consumismo desmedido. Antes, um carro era para durar uma vida inteira, e os móveis, e as casas, e os eletrodomésticos, enfim, tudo era reparável. Só que isso não dava lucro. Portanto, vai de eliminar a durabilidade e baixar o custo unitário de bens.

Desde o final dos anos 90, do século passado, ainda a maior parte desses imbecis, armados em defensores do ambiente não tinham sido gerados, que se ouve falar por parte da indústria, toda ela, de se eliminarem as garantias de curta duração e manter stocks de peças de substituição durante anos. E o que é que aconteceu? Nada. Um quarto de século a assobiar para o ar.

Todavia, as pessoas são controladas por uma meia dúzia de lobbys que controlam a economia e os interesses económicos mundiais. Temos o lobby da guerra; o lobby do cimento; o lobby do medicamento: o lobby da banca e o lobby da indústria. Entre eles reparte-se a riqueza, o crescimento das fortunas e a destruição das matérias-primas, ao longo de décadas. São estes criminosos que originam os protestos dos putos, sendo que estes contribuem para conspurcar, ainda mais o ambiente, com gasto em tintas; gasto desnecessário em telas plásticas; provocam o aumento da pegada de carbono com as filmagens do basqueiro que fazem e das mensagens e chamadas feitas para combinar as desordens; gasto desnecessário em papel de jornal para promoverem estas iniciativas tão nocivas como as realizadas por quem eles reclamam. Nada abona a favor destes indivíduos.

Não esqueçamos ainda, o aumento de veganos, vegetarianos e outras minorias alimentares que não conseguem entender que quanto mais vegetais e outros produtos agrícolas consumirem, mais terreno florestal se destrói para agriculturas intensivas gastando barragens de água, para deleite desta malta bronca que regressaram à época pré-histórica dos coletores, muito mais primatas do que os que vieram a seguir, os da pastorícia.

Falta abordar o fato de estarmos muito preocupados com os combustíveis fósseis e pouco nos preocuparmos, egoisticamente, com o futuro dependente da eletricidade. É que para reciclar todo este material eletrónico e os automóveis em fim de vida, vamos gastar muito mais recursos e aumentar a poluição, sem que interesse falar disso aos que vivem desta situação, no presente, e aos meios de comunicação social que só promovem o que acham ter interesse no público. Público esse, que cada vez paga mais cara a energia e é manipulado para evitar o nuclear, quando é uma energia limpa e bastante segura.

Nos idos anos 70 do século XX, a malta nova influenciada, pela esquerda, fazia os mesmos dislates que estes de agora, mas contra o uso do nuclear. Estávamos, então, muito preocupados com a central de Sayago, em Espanha, que não chegou a avançar. Atendendo à quantidade de centrais existentes, os problemas graves ocorreram no Japão e em Chernobil, onde poderão repetir-se agora, na Ucrânia devido à ocupação deste país, por culpa do psicopata russo que vive à conta da oligarquia do petróleo e do gás, que gera lucros incalculáveis, com baixo investimento.

A guerra, repito, estraga o ambiente e a natureza, ao longo de décadas.

Por último, convém meditarmos, todos, sobre o seguinte: como queremos construir bases na Lua e em Marte, se nem sequer temos capacidade para remendar os erros já cometidos e desinvestimos nas alternativas, por pressão dos que continuam a incentivar, talvez com razão, o uso dos combustíveis fósseis. A COP 29, demonstrou isso, de forma inequívoca. Não existe nenhum tipo de energia que seja inócua, mesmo a solar, que necessita de células fotovoltaicas. Tal como é comum em todas as componentes eletrónicas, o desperdício, o consumo de milhares de toneladas de matéria prima para obter uns quilos de determinado elemento, polui substancialmente o planeta. Ao invés de materiais e tecnologias já experimentados, as novas não foram concebidas com a reciclagem a médio prazo em desenvolvimento.

Não podendo ir para os oceanos, nem podendo ser colocadas em órbita, já que o lixo espacial ultrapassa o que era tolerável, a solução será construir comboios espaciais e carregados de lixo, tralha e matérias inertes e pô-los a vaguear pelo espaço. Porém, não dispomos ainda de capacidade par aa orbitar esse entulho. Por conseguinte estamos a adiar mais um problema novo.

Antes de queremos ir par outro planeta, deveríamos penar em conservar este. Ninguém, está a avisar ou a atuar. A coisa está preta. Ai está, está.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

SOU DA REALEZA!

 

Por mero acaso, e na sequência de muitas informações convergentes no mesmo sentido, descobri que casei com a melhor mulher para a minha vida, que podia encontrar. Soube desde 2008 que havia qualquer coisa de especial com as referências ao século XIX e a um Visconde que originou a avô da minha esposa.

O que nuca soube, até há poucos meses, quando comecei a escrever mais um livro, desta vez relacionado com o bisavô Visconde, é que a história nobiliárquica da família tem contornos de um filme.

Tem palácio, nobres, povo, filhos legítimos e bastardos, riqueza, ostentação e pobreza com um título, entretanto, extinto.

Porém, agora, por matrimónio, passei a ser Sucena também. E exibo orgulhosamente o apelido nobre no meu nome. É extraordinária a vida. A que idealizamos, a que temos e a que o destino nos oferece. Nunca fui muito monárquico. Quis a vida que eu fizesse parte desta nobreza pobretanas, mas orgulhosa da sua ancestralidade.

Não conheci pessoalmente este sogro, legítimo portador deste sobrenome, que enche de orgulho todos os vários familiares. Ainda bem que as pessoas não renegam os antepassados, porque sem eles, não estaríamos presentes, nem haveria futuro. Herdar o nome é bem mais importante do que herdar riqueza, se bem que é mais agradável a segunda que a primeira opção.

Quiçá, nunca viveremos um conto de fadas, por causa do sobrenome. O que tenho a certeza é que é muito bom para o ego, percebermos que somos diferentes e destacados dos outros todos. Poucos, mas felizes por existir uma diferenciação histórica entre estes e os outros, e entre os pares.

Viva a nobreza, burguesa ou não e, já agora a realeza envergonhada. É bom sermos diferentes. Se já era feliz, agora ainda sou mais, por ter uma coisa que só uma pequena minoria tem: ascendência nobre.

Fernando de Sucena

 

 Retrato - (1904) de D. José Rodrigues de Sucena, Conde de Sucena (1850-1925) bisavô da minha esposa.


 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

NÃO TE VÁS

 

Fazes falta desde sempre

Desde que fui semente

Fui gerado e cresci

Sempre ligado a ti.

Não te vás, minha mãe.

Não me deixes só

O pai já foi, partiu antes

Fiquei como extensão

Dessa vossa relação

Não te vás, minha mãe.

Ficar sem ti é ficar vazio

Sentir desamparo, desamor

É não ter mais regaço

Mesmo tendo conflitos

Não te vás, minha mãe.

Na tua ausência surge valor

Daquilo que se perdeu

Ter uma mãe é ter coração

Fora do peito, que bate a dois.

Não te vás, minha mãe.

Quem tem mãe tem tudo

Quem não, nada tem

É ela que amansa as fúrias

Dos pais e nem sabemos

Não te vás, minha mãe.

 

Fazes falta desde sempre

Desde que fui semente

Fui gerado e cresci

Sempre ligado a ti.

Não te vás, minha mãe.

Não me deixes só

O pai já foi, partiu antes

Fiquei como extensão

Dessa vossa relação

Não te vás, minha mãe.

Ficar sem ti é ficar vazio

Sentir desamparo, desamor

É não ter mais regaço

Mesmo tendo conflitos

Não te vás, minha mãe.

Na tua ausência surge valor

Daquilo que se perdeu

Ter uma mãe é ter coração

Fora do peito, que bate a dois.

Não te vás, minha mãe.

Quem tem mãe tem tudo

Quem não, nada tem

É ela que amansa as fúrias

Dos pais e nem sabemos

Não te vás, minha mãe.

 

Outubro 2024