Uma autobiografia bibliográfica da vasta produção literária de Altino Moreira Cardoso, nascido a 8 de dezembro de 1941, na freguesia de Loureiro, no Peso da Régua, e que espalhou e espalha a sua veia poética, literária e musical, pela música, literatura, jornalismo, história, pedagogia e teatro.
Este livro, é uma introspeção vivida e sentida pelo próprio a partir de uma outra edição da autoria de outro transmontano (Jorge Sales Golias) “Perfil Literário de Altino M Cardoso, que esmiuçou tanto quanto possível o conteúdo da sua escrita dedicada e assertiva nos temas escolhidos. Porém, faltava algo nessa obra: o sentimento pessoal posto em todas as criações.
Desta vez, o escritor efetuou uma reciclagem do outro livro e encheu as mais de 300 páginas com muita poesia, própria e de recolha etnográfica pelo Norte e pela região saloia. Deu livre criação à sua peculiar forma de falar de música, que é a sua paixão desde os tempos de estudante em Coimbra há muitos anos. A outra vertente da escrita é mais densa, advindo da intensa investigação, abarcando muito dos viveres desde D. Afonso Henriques, até aos saloios, passando pelo vinho, regiões do Douro vinhateiro, sobressaindo o trio de livros “O Grande Cancioneiro do Alto Douro”.
Também se perde em memórias e recordações do seu tempo de professor, com breves passagens pela análise dos poemas de vultos como Fernando Pessoa e Miguel Torga, a que acrescenta uma breve passagem pela colaboração nos anos 70 na extinta revista “Música & Som”, que eu lia avidamente, sem nunca me ter apercebido que aa pautas eram da lavra de Altino M Cardoso. Faz breves referências há sua década de gestão jornalística e editorial entre outras actividades, das quais muitas delas deram origem a livros. São mais de 60 os títulos publicados.
Poderão aceder ao site https://amadora-sintra-editora.pt, e vaguearem, calmamente, umas horas pelos conteúdos, deste escritor que foi meu professor, foi meu diretor e é desde sempre amigo, colega de escrita, conselheiro e um homem que diz sempre qualquer coisa nova e relevante quando se encontra em tertúlias.
Aconeslho, pelos menos o site, pois as pessoas cada vez leem menos.
Oblogdolota, lê imenso…
Fernando Sucena