sexta-feira, 15 de maio de 2020

A PICA FOI-SE!


Os homens perderam a identidade. Elas deram cabo deles e delas.
Antigamente, tínhamos de reunir uma meia dúzia de bacanos (e vá lá bacanas) na biblioteca da escola para discutirmos os trabalhos de grupo que os exigentes professores solicitavam. Convivíamos, brincávamos e solidificávamos as amizades. O desgraçado que tinha mais tempo, participava menos ou tinha a letra mais bonita compilava e montava o trabalho com recortes. Agora cada um faz copy e paste na Internet, envia por sms ou email, o escolhido mesmo que voluntário à força, compacta tudo num power point ou numas páginas de word e já está! Tirou-se a pica do convívio e da descompressão escolar. A pica foi-se!
Antigamente tínhamos o prazer (facilitado, é certo) de descascarmos as senhoras antes do acto para vermos como era o armazém, depois de admirarmos a montra. Agora, é mais difícil vê-las vestidas. Elas estavam sempre à espera de serem piropadas, pelos atrevidotes. Com as leis que as malditas fufas impuseram e com a penalização criminal do piropo, elas tiraram a pica toda ao sexo e ao lustro. A pica foi-se!
Antigamente, tínhamos de comer um bife para guinar o volante dos carros e fazer roturas de ligamento do pulso para puxar o travão de mão. Agora, existem uns carros para maricas, em que basta tocar num botãozinho e ele obedece como um cachorro, o que tirou a pica toda da condução. A pica foi-se.
Antigamente, comíamos umas bifanas bem regada por cervejola Sagres (áspera e dura), com pão à bruta e convivíamos à volta das mesas ou, de preferência, dos balcões. Eles eram também moelas, couratos, chamussas e salgadinhos, à fartasana e ninguém se queixava de cancros, alergias aos alimentos e outras invenções modernas dos lobbys dos laboratórios. Agora com as dietas maradas, e as mini-doses de abastecimento tiraram a pica do petisco. A pica foi-se.
Antigamente, para vermos mulheres e gajos nus a pinar (pornografia e erotismo – a versão das mulheres –) tínhamos de nos esconder nos sítios mais abrigados e esconsos, tal como fazem agora os drogados, que já não drogados, mas sim adictados, porque não se drogam, metem para dentro aditivos. Agora o que não falta por aí são gajas meias despidas, provocativas, gajos atrofiados meio virados, numa banalidade tal que estragaram o deleite do secreto da intimidade. O abuso ostentativo de pornografia e nudez acabou, com os cinemas de exibição especializados e com a pica que aquelas coisas davam. A pica foi-se.
 
Até há bem pouco tempo quando os homens gostavam das mulheres e elas não eram egoístas quando lhes davam qualquer coisa, um mimo, um beijo, um piscão de olho, ‘nós pimba’. Agora, elas têm manias, acham-se superiores, e como foram mal-educadas pelos pais, nada do que lhes façamos não apreciam. Antes estávamos sempre na esperança de recebermos um reconhecimento interessado por fazermos alguma coisa simpática para as mulheres. Agora elas não reconhecem nada nem ninguém, nem a elas próprias, e andam, por aí a pairar. Não há romance, não amor, não há paixão, não há desejo, apenas interesse e boçalidade. A pica foi-se.
Antes as mulheres diziam que não gozavam e eram meiguinhas. Agora, dizem que têm orgasmos em série com amigos e amigas coloridas mas tornaram-se brutas. O orgasmo mútuo acabou. Acabou-se o prazer mútuo. Foi-se a pica.
Foi-se o gosto pela vida e foi-se o gosto pelo mulherio. Foi-se a pica por elas; agora aturamo-las apenas.

Republicação do original no BlogXok. Mais leitura disponível em:

https://oblogdokota.blogspot.com
https://xokmagazineblog.wixsite.com/xokmagazine
https://issuu.com/lusorecursos/docs
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google©

GOSTI DE CER SIGANU


Ser cigano é ser rebelde, subversivo e anti-social. Sou cigano e não gosto de me misturar com os outros, gosto de vender nas feiras e não passar facturas, não gosto que me chamem pedófilo por papar meninas antes da idade legal para relações num país desenvolvido, gosto de viver numa tenda ou numa casa velha, meia demolida e ter a carrinha Transit parada ao lado, com caçadeiras por perto. Ai!
Ser cigano é ser incumpridor para o Estado mas viver à custa das Prestações Sociais do mesmo. Ai! Vender roupa de marca contrafeita comprada ou roubada e protestar por esta ser apreendida. Não votar mas gostar de ser transformado em coitadinho e defendido por partidos que nunca receberam um voto da comunidade cigana. Ai!
Ser cigano, ser romani, é ser igual ao pessoal do Estado Islâmico, parámos no tempo e estamos a viver como os descendentes de Caim, referidos na Bíblia e que diz que O Deus da Bíblia é também um Deus cigano: da estrada, do pó e do vento. Portanto, é querer viver como eremita do roubo, do engano e da leitura da sina. Ai!
Ser cigano é não ir na escola e achar que as letras e os números é só para entreter e que as fêmeas não têm direito a viver sem ser sob as ordens do macho, e este sob o poder absoluto do patriarca, que se reconhece por vestir de preto e ter um chapéu preto e barba por fazer de semanas. A cigana não pode andar com mais do que um lelo senão é lúmia, e lúmia é maltratada memo. Ai!
Cigano a sério não mata os próprios filhos e não gosta de gayada. Ser cigano é embirrar com o André Ventura, mas estar na espera de ter mais vantagens em fazer-se descriminado. Ai! Ser cigano é, bem no fundo, andar aos zigue-zagues pela sociedade, enganando aqui e vigarizando ali, porque as velhas sabidas sabem ver numa mão o futuro memo que a pessoa seja maneta. Ai! 
 
Ser cigano é ter a mania da superioridade numérica e gritar muito para assustar os outros, não gostar de cumprir leis de enfiamento em casa e não deixar que lhe enfiem coisas nos buracos do corpo. Cigano que se preze, tem cavalos. Cavalos abandonados pelos terrenos dos outros a comerem erva de baldios sem pagar licença. Cigano é casar com a moça prometida, para pagar dívidas e manter a mandança antiga na mema família, e com muita gente a assistir. Ai!
Cigano é ser visto de lado pelos outros e esforçar-se para cumprir a palavra, memo que me prejudique, ao início. Ai. Não ter conta no banco, para não lhe tirarem benefícios. O cigano puro e duro, põe dentes de ouro que arranja e guarda as notas nas meias ou no sutiã. Ai! Cigano verdadeiro tem medo de sapos sem perceber porquê. Enfim, ser cigano é ser uma pessoa de quem se deve desconfiar, sempre. Mentira… Ai! Ai!

Escrevão pó meu émel: aiolha@tudooquepuderes.sapo.pt

Vídeo explicativo de queixa cigana - Jaimão - Lamento Cigano https://www.youtube.com/watch?v=2rpEn8bBKkU

Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google

domingo, 3 de maio de 2020

DIA DA MÃE


Bonita ou feia, alta ou baixa, gorda ou magra, mamalhuda ou desmamada, jeitosa ou grotesca, inteligente ou estúpida, mãe é sempre mãe.
A nossa é única. Somos filhos de uma única mãe mas podemos ser de pais diferentes, isso não invalida que a nossa mãe seja única e a nossa.
Bruta ou meiga, rapada ou peluda, rica ou pobre, mãe é sempre mãe. Infelizmente a natureza impede algumas mulheres de serem mães, mas mesmo essas comemoram o dia da mãe, pois também a têm. Estas não se podem comparar àquelas aberrações mentecaptas que nascem homem e querem ser mulher o que nunca fará deles mães e deixam de ser pais. Enfim gentalha.
O Dia da Mãe é sempre, é para comemorar 365 dias por ano. A mãe é a imagem da vida e isso é a única coisa que lhes assenta.
Podem ser violadas agredidas, espancadas; passar fome, serem roubadas, enganadas, que elas serão sempre mães. Se possível fosse, davam a sua própria vida pelos filhos. Todavia, ainda bem que tal não é possível, pois só teriam um filho porque só seriam mães uma vez.
Tudo o que se disser sobre as mães é justo, apesar de haver algumas que denegenram. Ainda bem que existe o Dia da Mãe, pois as gajas das CPCJotas, não o devem comemorar porque tratam as mães como progenitoras e isso é humilhante e degradante para quem pare. Se assim fosse, o Dia da Mãe seria o dia da Progenitora e, a,í teríamos de incluir todas as fêmeas da natureza.
 
Mãe é mãe e quem considerar outra coisa  vá p’ra p*** que o pariu. Mas, p*** também é mãe. Pois é!...
Texto: Fernando de Sucena
Imagem: Google