terça-feira, 11 de novembro de 2025

A AMADORA PORCALHOTA

Por motivos familiares tenho ido regularmente à Amadora. O triste espectáculo do lixo nas ruas da cidade são marcantes.

Desloquei-me da estação até perto dos bombeiros pelo lado do edifício da câmara. Poucas dezenas de metros percorridos e que vemos? Lixo, lixo e mais lixo  no chão: pensos higiénicos usados, nalguns cantos preservativos, restos de comida em sacos rotos, peças de roupa, o asfalto e os passeios encardidos, na Venteira, os ecopontos de óleo abarrotar e com depósitos rotos vertendo o conteúdo... 

Quem te vê e que te viu Amadora. Atendendo a estes últimos anos, seria melhor voltar ao antigo nome do lugar: Porcalhota.


 Vivi lá, se bem que de forma irregular, entre 1965 e 2006, e a decadência foi brutal. Não se vê polícia regularmente nas ruas, excetuando os três ou quarto quarteirões em torno da câmara onde se situa uma esquadra. A estação mais parece um apeadeiro, sem condições mínimas e mal conservada, com os relógios da gare parados, os painéis dos horários mal fixados o chão sujo e as escadas de acesso escorregadias.

Repito que estes problemas são regulares num espaço de cerca de 400 metros quadrados, que abrange o edifício das finanças, os CTT e o mercado.

Quanto ao resto nem se fala, não só na freguesia da Mina d'Água como nas outras. Evito de ir à amadora, ou passar por lá, porque as memórias de tempos idos são atropeladas pelas constatações do presente. Viver na Amadora, é pouco animador e, nos últimos dois mandatos socialistas, ainda piorou, espelhando o desinteresse da presidente da câmara, que se borrifou para a cidade quando lhe colocaram a cenoura de Bruxelas em frente dos olhos. Nem por ser meia mulata, se dignou a respeitar as centenas de não brancos que nela votaram. Oportunistas de cadeira.

Resta esperar mais quatro anos, desta vez com uma luz ao fundo do túnel, devido à perda de diversas maiorias. Em 2030, que já aí, deverão ser visíveis alterações.

E pensar eu que em 2005, ano da minha candidatura à presidência do município poderia ajudar a mudar e a melhorar algo. Foram precisos vinte anos para que a Venteira, junta a que concorremos, se libertasse do jugo tirânico do polvo rosa. Já é um princípio.

Termino dizendo que onde vivo, na cidade vizinha de Queluz, o panorama não é melhor, pois uma vez mais, doze anos de governação rosa, resultaram em coisa nenhuma, deixando apenas uma parca ideia de aparente desempenho político competente. Puro engano, ao contrário da cidade vizinha, nem do centro da vila, onde se situa, o edifício da câmara, existe organização, segurança, higiene e urbanismo.

 

Mário Teixeira

O CONCURSO DE PREGUIÇA ALENTEJANA

 Três amigos alentejanos discutiam para ver qual deles era o mais preguiçoso:

 O primeiro disse:

– Ê sô, tã preguiçoso que outro dia vi uns maços de notas no chão e não os apanhê… só p’rá nã ter que m’agachari.

 O segundo continuou:

– Isso nã é nada! A minha vizinha super-sexy bateu à porta, convidando-me para passar a noite lá, e eu recuseí p’ra nã ter que atravessar a rua.

 O terceiro suspirou:

– Pois o mê caso foi munto piori. No domingo fui ao cinema e passei o filme todo a chorari…

Os outros estranharam:

– Só isso?

 E ele explicou, com ar sério:

– É que, ao sentar-me, entalê os tomates e nã estive p’ra me levantari…


 

 

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O HOMEM E A OBRA

 

Uma autobiografia bibliográfica da vasta produção literária de Altino Moreira Cardoso, nascido a 8 de dezembro de 1941, na freguesia de Loureiro, no Peso da Régua, e que espalhou e espalha a sua veia poética, literária e musical, pela música, literatura, jornalismo, história, pedagogia e teatro.

Este livro, é uma introspeção vivida e sentida pelo próprio a partir de uma outra edição da autoria de outro transmontano (Jorge Sales Golias) “Perfil Literário de Altino M Cardoso, que esmiuçou tanto quanto possível o conteúdo da sua escrita dedicada e assertiva nos temas escolhidos. Porém, faltava algo nessa obra: o sentimento pessoal posto em todas as criações.

Desta vez, o escritor efetuou uma reciclagem do outro livro e encheu as mais de 300 páginas com muita poesia, própria e de recolha etnográfica pelo Norte e pela região saloia. Deu livre criação à sua peculiar forma de falar de música, que é a sua paixão desde os tempos de estudante em Coimbra há muitos anos. A outra vertente da escrita é mais densa, advindo da intensa investigação, abarcando muito dos viveres desde D. Afonso Henriques, até aos saloios, passando pelo vinho, regiões do Douro vinhateiro, sobressaindo o trio de livros “O Grande Cancioneiro do Alto Douro”.

Também se perde em memórias e recordações do seu tempo de professor, com breves passagens pela análise dos poemas de vultos como Fernando Pessoa e Miguel Torga, a que acrescenta uma breve passagem pela colaboração nos anos 70 na extinta revista “Música & Som”, que eu lia avidamente, sem nunca me ter apercebido que aa pautas eram da lavra de Altino M Cardoso. Faz breves referências há sua década de gestão jornalística e editorial entre outras actividades, das quais muitas delas deram origem a livros. São mais de 60 os títulos publicados.

Poderão aceder ao site https://amadora-sintra-editora.pt, e vaguearem, calmamente, umas horas pelos conteúdos, deste escritor que foi meu professor, foi meu diretor e é desde sempre amigo, colega de escrita, conselheiro e um homem que diz sempre qualquer coisa nova e relevante quando se encontra em tertúlias.

 Aconeslho, pelos menos o site, pois as pessoas cada vez leem menos.

Oblogdolota, lê imenso…

 

Fernando Sucena

SOGRA GENEROSA

Uma senhora decidiu saber se os maridos das suas três filhas gostavam dela.

No dia seguinte foi dar uma voltinha com o primeiro e, na beira de um lago, escorrega, cai e, sem saber nadar, começa-se a afogar. O tipo, sem pestanejar, salta para a água e resgata-a.

No dia seguinte, encontra na porta da sua casa um Nissan Micra com o seguinte recado:

«Obrigado. Da tua sogra que te adora.»

No dia seguinte foi dar uma voltinha com o segundo e, na beira do mesmo lago, escorrega novamente, cai no lago e começa-se a afogar. O tipo salta para a água num instante e resgata-a.

No dia seguinte, encontra na porta da sua casa outro Nissan Micra com o recado:

«Obrigado. Da tua sogra que te adora.»

Foi com o terceiro e, mais uma vez, na beira do lago escorrega, cai e começa-se a afogar. O tipo fica a olhar para a mulher aflita e diz:

— Velha estúpida… Há anos que esperava por isto!

E vai-se embora.

 No dia seguinte, encontra na porta da sua casa um Mercedes Benz 250SL com o seguinte recado:

«Obrigado. Do teu sogro que te adora.»

 Anónimo


 

 

É MESMO TUGA, DASSSS

Estavam um Português, um Inglês e um Francês no inferno. O Diabo, com um ar maléfico, diz-lhes:

— Pois muito bem… quem quiser escapar do purgatório tem que me trazer um material qualquer que eu não consiga derreter. Naquela sala têm tudo o que existe na Terra. Escolham e tragam cá.

Vai o Francês, cheio de confiança, e volta com um aço especial usado em reactores nucleares, feito para aguentar temperaturas altíssimas.

O Diabo agarra no aço com as mãos e, à medida que o aperta, o aço começa a derreter completamente.

Depois vai o Inglês e traz um tipo de barro especial, usado para recolher amostras de lava do interior de vulcões.

O Diabo agarra no barro e, conforme o aperta, o barro começa a desfazer-se e a escorrer-lhe pelos dedos.

Por fim, vai o Português e regressa com duas bolinhas, uma verde e outra amarela.

O Diabo pega nelas, começa a apertar com toda a força… e nada. Tenta outra vez… e nada. As bolinhas continuam intactas.

Frustrado, pergunta ao Português, que se ria à gargalhada:

— Mas afinal… o que é isto?!

— M&M’s… derretem-se na boca, não nas mãos!

 

Anónimo


 

 

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

COMO ESCOLHER A MULHER IDEAL

Um homem tinha três namoradas e não sabia com qual delas deveria casar. Para tomar uma decisão, decidiu fazer um teste: tirou 15 mil euros do banco, deu 5 mil a cada uma e disse:

– Gastem como quiserem, e depois me digam o que fizeram.

A primeira correu para o shopping, comprou roupas, jóias, foi ao cabeleireiro, fez unhas, maquiagem e voltou para ele, orgulhosa:

– Gastei tudo para ficar mais bonita para ti. Tudo porque te amo!

A segunda foi ao mesmo shopping, mas comprou presentes para ele: ténis, eletrónica, filmes, e voltou sorridente:

– Gastei tudo para te fazer feliz. Tudo porque te amo!

A terceira pegou no dinheiro, aplicou em ações, duplicou o investimento em três dias e devolveu os 5 mil euros:

– Investi o teu dinheiro e agora posso fazer o que quiser com o meu. Tudo porque te amo!

O homem pensou. E pensou. E pensou… muito. Depois de tanto pensar, decidiu casar com aquela que tinha as mamas maiores! Afinal, os homens pensam muito, mas às vezes… escolhem sempre da mesma maneira.


 Imagem e Texto: Autor desconhecido

O MIÚDO DAS BOTAS...

 Num infantário, a educadora andava numa verdadeira batalha: ajudar o Pedrinho a calçar as botas. Puxava de um lado, empurrava do outro, fazia força como se estivesse a levantar pesos no ginásio, mas nada! Finalmente, depois de muito suor e paciência, uma bota entrou. A segunda estava quase, quase… quando o miúdo diz calmamente:

 – Sabe, estão trocadas!

 A educadora fecha os olhos, respira fundo como quem conta até dez para não se passar, e lá vai ela tirar tudo outra vez. Depois de mais uma luta digna de um campeonato mundial de wrestling, consegue pôr as botas nos pés certos. Já ofegante, exclama:

 – Ufa! Pensei que nunca mais…


 

 E o miúdo, com aquela inocência irritante, larga:

– Pois… é que estas botas nem são minhas!

A pobre mulher quase teve um ataque de nervos, mas engoliu em seco e começou novamente a descalçá-lo. Ao fim de muito esforço, já vermelha e cansada, pergunta:

 – Então, de quem são afinal?

 – Do meu irmão! A mãe obrigou-me a usar…

 A educadora, quase a implodir, consegue voltar a calçar as botas pela terceira vez. E quando pensa que finalmente acabou, pergunta:

 – Pronto, agora sim! E as luvas, onde estão?

 O Pedrinho responde com um sorriso maroto:

 – Estão dentro das botas!

Autor desconhecido